Células estaminais pluripotentes induzidas de origem humana (hiPSCs), derivadas de doentes, estão a ser utilizadas para desenvolver modelos avançados in vitro de doenças neurodesenvolvimentais raras, com o objetivo de identificar anomalias moleculares, estruturais e funcionais específicas de cada patologia. Nomeadamente, estão a ser gerados organoides e assembloids do cérebro anterior, específicos de determinadas regiões cerebrais, a partir de hiPSCs de doentes com síndrome de Rett e RASopatias. Estes modelos de vanguarda permitirão igualmente avaliar candidatos a fármacos com potencial para recuperar funções neuronais comprometidas. Adicionalmente, estão a ser desenvolvidos microtecidos cardiovasculares 3D avançados, a partir de hiPSCs, para modelar o desenvolvimento cardíaco, investigar doenças cardíacas e realizar estudos de toxicologia. Como destaque principal, foi criado um organoide autorganizado, de linhagens múltiplas, derivado de células estaminais pluripotentes humanas, que replica os primeiros estágios do desenvolvimento das principais estruturas do coração e do fígado. De forma surpreendente, a co-cultura com organoides de miocárdio permitiu o desenvolvimento de novos organoides cardíacos autorganizados de epicárdio-miocárdio, oferecendo um modelo inovador para o estudo do desenvolvimento e funcionamento do coração.
Laboratório de Modelos Teciduais Avançados com Células Estaminais
